sábado, 26 de março de 2011

Destino: felicidade...?

Problemas. Todos os temos. Uns mais que os outros. Alguns comuns a muitas pessoas: falta de dinheiro, pais a discutir, fins de casamentos ou simples namoricos de adolescentes. Conclusão: são mais do que podemos enumerar.
Podemos também falar num ângulo mais geral como a crise política que vivemos em Portugal devido à demissão do nosso querido primeiro-ministro, José Sócrates, o que leva a eleições antecipadas e gasto de dinheiro onde não deveria ser gasto. Para além disso temos também sismos e tsunamis que assustam de morte um país e claro, não podiam faltar as crises nas centrais nucleares. As guerras também não acalmam; exemplo disso é a Líbia ou o Afeganistão. 
Mas calma… Ainda faltam uns pormenores. Falemos ainda da Geração à Rasca, apesar de, como mostra um artigo do Público, os melhores alunos do ensino secundário não se sentirem à rasca, e acreditarem na “cultura de mérito”. Se eu, quando acabasse o curso recebesse um cheque de 500 euros, podem crer que também acreditava – mas falaremos daqui a uns anos, deixem-nos entrar no mercado do trabalho.
Mas como eu dizia. Problemas. Todos os temos. Basta abrir um jornal ou a televisão e somos cercados por eles. Não estou a dizer nada de novo, eu sei. O que eu pretendo agora é dizer-vos que: sim, eles são muitos, mas não nos podem dominar. Lembro-me quando andava de autocarro ou de metro de observar as pessoas e ver a tristeza no seu simples andar ou no olhar. Todos os dias vejo isso. Quer seja no café, na faculdade ou em casa. Parecem todos estar à espera de algo, ou mais, parecem todos estar à procura da felicidade.
Mas isso não é possível, porque ser feliz é um estado, tal como é ter fome. Ora estamos, ora não estamos. Hoje, posso dizer-vos, por exemplo, que estou feliz. Amanhã, logo se verá.
Por isso, digo-vos isto: vivam no momento. Sejam felizes quando estão felizes, estejam tristes quando estão tristes. Não há qualquer mal nisso. Todos temos aqueles dias que mais vale nem nos dirigirem a palavra. Mas não passem a vida na tristeza à procura da felicidade. Mesmo quando tiverem a vida com que sempre sonharam, pode qualquer coisa correr mal. Alguém que amam pode morrer ou simplesmente pode acontecer terem um dia menos bom.
Obviamente, espero que tenham mais dias felizes (o que pode ser difícil devido estado do mundo e, principalmente do nosso país).
Que mais vos posso dizer? Problemas. Todos os temos. Muitos? Sim. Mas isso não é impedimento para nos sentirmos felizes, nem que seja pelo facto de, simplesmente, vivermos.

quinta-feira, 24 de março de 2011

CULTURA E LAZER - Semana 2

Numa rubrica de Cultura e Lazer é normal haver um conjunto de opções de actividades para realizar durante a semana. Mas, desta vez, decidi não o fazer. Apenas quero transmitir uma coisa, um filme que é impossível não ir ver.
Aviso, em primeiro lugar, que este é um filme espanhol. Eu pessoalmente, não aprecio filmes que fujam ao vulgar english accent, mas quando vi o trailer do filme que estreia hoje, dia 24, fiquei perplexa e sabia que o tinha de partilhar.
Pois bem, o filme intitula-se de "Camino" e conta a história de uma rapariga de 11 anos que enfrenta um dupla e difícil descoberta: o seu primeiro amor e a iminência da sua própria morte. Assustador é pensar que um filme destes, tão dramático mas que nos leva a questionar sobre o sentido da vida, é inspirado numa história verdadeira.


Por agora é tudo.
Espero que tenham uma óptima semana, cheia de cultura e de lazer.

Até quinta-feira :)

(Para  informações sobre sessões  visitem o site http://cinecartaz.publico.pt/Filme/278558_camino)

Elizabeth Taylor - mais do que uma estrela

Uma das grandes estrelas de Hollywood, Elizabeth Taylor, morreu ontem aos 79 anos de idade.

Considerada por muitos como uma das mais bonitas mulheres do mundo, ganhou dois Óscares, pelos papéis nos filmes Butterfield 8 (1961) e Quem Tem Medo de Virginia Woolf (1967).

A sua estreia no mundo do entretenimento deu-se aos dez anos, no filme There's One Born Every Minute. Entrou também no “clássico Lassie Come Home, embora tenha começado a conquistar a sua legião de fãs contracenando não com cães, mas com cavalos, no filme National Velvet.” (Público)

As décadas seguintes foram de engrandecimento do seu talento, principalmente no papel desempenhado em Cleópatra – onde a Rainha Egípcia e a estrela de Hollywood se “transformaram” na mesma pessoa. 

Apesar do seu grande talento, a sua vida foi feita de altos e baixos, especialmente nos campos do amor e do dinheiro. Tentou o suicídio, quando Richard Burton, seu amante, lhe confessou que nunca poderia deixar a sua mulher e quando finalmente o teve para si (quarto marido) viveram uma vida de luxos: foram considerados o casal sensação de Hollywood durante muitos anos, até Taylor “partir para outra” (teve ainda mais dois maridos).
Nos últimos anos da sua vida, a sua imagem foi-se deturpando, com a saúde muito débil e deslocando-se em cadeira de rodas. Em 1990 quase morreu de pneumonia e em 1997 foi operada para remover um tumor cerebral.
Elizabeth Taylor é igualmente conhecida pela sua luta contra a SIDA, fundando em 1991 a American Foundation for AIDS Research (AmFar).
Em 2009 sofreu com a morte de Michael Jackson, de quem era muito amiga. “Precisamente por estar muito fraca, Liz não pôde comparecer às cerimónias fúnebres de Jackson, mas publicou um comunicado em que dizia: «Irei sempre amar o Michael do fundo do meu ser e nada nos poderá separar».” (Público)

(Fonte: Público)

terça-feira, 22 de março de 2011

Difícil? Sim.. Mas vale a pena

É difícil expressar os nossos sentimentos. Por vezes, estamos à frente da pessoa que amamos mas, simplesmente, não conseguimos transmitir exactamente aquilo que estamos a pensar ou a sentir. É complicado, eu sei. Mas é um esforço que todos devemos ter em consideração. Nunca se sabe o que a outra pessoa vai responder. Será que vale a pena ficar na dúvida, ou é preferível arriscar? Vamos viver no medo? Para isso, mais vale não viver. Afinal qual é o sentido da vida? É viver constantemente no "E se..? Será que...?". Não. Garanto-vos que não. Ninguém nasceu para ver a sua própria vida passar ao seu lado - todos temos um propósito neste mundo. Nem que seja para dizer ao nosso(a) namorado(a), aos nossos pais, aos nossos irmãos, aos nossos amigos, à pessoa que está ao nosso lado que a amamos.

Não tenham medo. Arrisquem. É hora de todos o fazermos. Nunca saberemos quando será tarde demais.
Sempre ouvi dizer que mais vale prevenir que remediar. E a verdade é que não custa nada - são só cinco letras.

É tão simples.
É só dizer: amo-te.





Até sempre

Morreu Artur Agostinho (1920-2011). Perdeu-se um grande homem da rádio, da televisão e do jornalismo. Perdeu-se uma grande voz.

Um homem que inspirou muitos e que, com certeza, continuará a fazê-lo.

Até sempre.

Guatemala - Divórcio para poder concorrer às eleições

A mulher do Presidente da Guatemala, Sandra Torres, pediu o divórcio para poder candidatar-se às eleições para a Presidência da República.
A Constituição do país impede que parentes próximos do presidente concorram às eleições, motivo principal que levou ao pedido de divórcio, que entrou em tribunal a 11 de Março. O pedido teve o consentimento de ambos, sendo que nenhum fez qualquer comentário sobre o mesmo.
Segundo o jornal Público, “o principal candidato da oposição, Otto Perez Molina (do Partido Patriota, de direita), acusou o casal de “fraude” mas acrescentou que o divórcio poderá não ser suficiente para que Sandra Torres se possa candidatar às eleições presidenciais do final deste ano”.
Sandra Torres, que teve um papel de destaque durante a presidência de Álvaro Colom, será apoiada pelo partido do seu marido, a Unidade Nacional de Esperança, caso tenha a possibilidade de concorrer. 
A emissora britânica BBC garante ainda que o Tribunal Constitucional irá analisar a questão, mas mesmo que a Primeira-Dama concorra, vai ter uma forte concorrência – o General Molina – “que defende uma linha dura contra o crime organizado”.

Álvaro Colom e a sua mulher, Sandra Torres (Oswaldo Rivas/Reuters/arquivo)
(Fontes: Público; BBC News)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Japão - Níveis de radiação mais altos que o previsto

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje estar preocupada com os níveis de radiação nos alimentos provenientes do Japão.

A detecção de radiação nos alimentos, na sequência das diversas explosões nas centrais nucleares de Fukushima devido ao sismo e tsunami que abalaram o país, é, segundo o jornal Público um problema mais sério do que se tinha inicialmente previsto”.

Apesar dos funcionários japoneses continuarem a afirmar que os alimentos estão dentro dos níveis não perigosos para o ser humano, a verdade é que os níveis de radiação detectados nos legumes, leite e água são superiores ao previsto. Segundo o porta-voz da OMS do Pacífico Oeste, Peter Cordingley: “a situação é muito mais séria do que se pensou nos primeiros dias, quando acreditávamos que este tipo de problema se podia limitar a uns 20 ou 30 quilómetros”.

O Governo japonês proibiu, até agora, a venda de leite e espinafres na zona de Fukushima e informou que “a água daquela zona do país regista níveis de iodo radioactivo três vezes superiores ao limite legal” (Público). Prevêem-se muitas outras restrições ao longo da semana.
O embaixador português no Japão, José de Freitas Ferraz, confirmou ainda que “as autoridades garantem que o acompanhamento é muito rigoroso e (…) existe pois uma monitorização constante (…) à cadeia alimentar”.

Fotografia: AP


(Fonte: Público)

domingo, 20 de março de 2011

"A paixão é a droga do amor"

Estar apaixonado e ser dependente. Relacionado? Sim, e muito.
Sempre me disseram que não devemos tomar drogas. Faz mal à saúde, transforma-nos em algo que não queremos ser. Nunca o fiz, e não tenciono fazê-lo pois é algo que não me cativa.

O mesmo já não posso dizer sobre estar apaixonada. Isso já é algo pelo qual eu anseio. Todos me contam como maravilhoso é, mas eu não o posso comprovar. Claro que já tive os meus casos aqui e ali, mas apaixonada nunca estive. Mal posso esperar.

Pois bem, segundo um artigo do Diário de Notícias, amar alguém funciona como uma droga (daí a relação feita no início do texto). "Como qualquer droga, a paixão é viciante porque amamos mais o processo de estar apaixonado do que a pessoa amada". É algo que pode ser vivido em qualquer idade, por isso odeio quando dizem que os amores de adolescentes são passageiros - não o sabem. Até podem ser, mas não o sabem.

O facto engraçado de toda esta reflexão é o facto de amarmos mais o processo em si do que a pessoa. Mas se pensarmos bem, é verdade. Costuma-se dizer que para superar um amor perdido, o melhor é encontrar outro. Hoje percebo que não é por querer encontrar alguém que esteja lá para o que der e vier. É porque sabe bem estar apaixonado. Sabe bem saber que está lá alguém para nós. Sabe bem saber que não estamos sozinhos.

Sabe bem apenas.

Fotografia da semana


Japão. Uma tragédia que parece não acabar. Cada dia que passa mais mortos são encontrados. É bom ver uma criança salva. Nem que seja só uma.

Até para a semana.

(Fotografia: arquivo jornal Público)
(Rubrica: Fotografia da semana - todos os domingos)

sábado, 19 de março de 2011

Parece não haver descanso

As forças de Khadafi continuam a atacar apesar de ontem ter sido anunciado um cessar-fogo pelo Ministro líbio dos Negócios Estrangeiros Moussa Koussa.

O coronel desafia assim o ultimato internacional, ao não acabar com a violência, o que leva a comunidade internacional a entrar em acção.

No jornal Público online é possível ver os avanços que ocorrem nesta Guerra na Líbia, minuto a minuto. Para mais informações visitem http://www.publico.pt/Mundo/ao-minuto-110-misseis-tomahawk-sobre-a-libia_1485716.

Vamos lá ver até onde isto vai...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Líbia liberta jornalistas americanos

Os quatro jornalistas do New York Times que estavam desaparecidos desde terça-feira, sob suspeita de terem sido capturados por forças do regime de Khadafi vão ser libertados ainda hoje, disse Seif al-Islam el-Qaddafi,  filho de Khadafi, numa entrevista à ABC News.

Segundo o jornal Público, "O New York Times relata que os jornalistas tinham entrado na região controlada pelos rebeldes no leste da Líbia sem os vistos do controlo fronteiriço egípcio".

Os repórteres desaparecidos são: Anthony Shadid e Stephen Farrell e os fotógrafos Tyler Hicks e Lynsey Addario.




Fim das operações militares na Líbia

O Ministro Líbio dos Negócios Estrangeiros, Moussa Koussa, declarou que o regime [líbio] pôs fim a todas as operações militares "para proteger as populações civis".

A declaração foi feita após a decisão do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução que permite o uso da força contra o regime de Khadafi. A comunidade internacional preparava-se para lançar raides aéreos para impedir as forças militares do regime de Muammar Khadafi  de continuar a bombardear as diferentes cidades da Líbia, até então libertadas.

O chefe da diplomacia líbia afirmou ainda que: “como Estado membro das Nações Unidas, estamos obrigados a aceitar a resolução. E decidimos assim um cessar-fogo imediato e pôr fim desde já a todas as operações militares. [A Líbia] leva muito a sério a protecção dos civis".

Segundo o jornal Público "as declarações de hoje de Moussa contrastam profundamente com as ameaças de repetido desafio feita ainda ontem à noite por Khadafi (...). O coronel, que exerce o poder autoritariamente há 42 anos, disse estar pronto a “partir para a loucura” e prometeu “transformar num inferno a vida” daqueles que ataquem a Líbia."



Foto tirada por: Hussein Malla/AP


(Fontes: Público, The Washington Post)

quinta-feira, 17 de março de 2011

"Todas as medidas necessárias" contra Khadafi

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje uma medida que permite recorrer a "todas as medidas necessárias" para proteger os civis das forças de Muammar Khadafi.
A decisão foi aprovada com dez votos a favor e nenhum contra e com cinco abstenções, entre os quais se encontram países como a China, a Rússia e a Alemanha.
Os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e o Líbano foram os países responsáveis por fazer aprovar a resolução esta noite.

Segundo o Diário de Notícias "as medidas, que podem incluir o uso de força militar contra as forças de Kadhafi, podem resultar de acção nacional ou através de organizações e acordos regionais, e devem ser tomadas em cooperação com o secretário geral das Nações Unidas".

O Qatar e os Emirados Árabes Unidos vão participar nas operações militares contra Khadafi, sendo que o embaixador líbio,  Ibrahim Dabbachi, que se tinha afastado do regime, afirmou à imprensa que cinco países árabes dispunham-se a criar uma zona de exclusão aérea na Líbia.

A decisão tomada pela ONU foi recebida com alegria e fogo-de-artifício em Bengazi. As centenas de pessoas presentes na principal praça da cidade agitavam bandeiras líbias tricolores, anteriores à chegada de Khadafi ao poder.

Forças pró-Khadafi em Ajdabiya (Ahmed Jadallah/Reuters)

(Fontes: Público, Diário de Notícias, Ionline, The New York Times e The Washington Post)

CULTURA E LAZER - Semana 1

Esta semana há muito a fazer. Não percas. As oportunidades são muitas! Enjoy :)
  • No mundo da sétima arte - cinema - não podes perder a estreia do filme Homens de Negócios que conta com a participação de Ben Affleck, Chris Cooper, Craig T. Nelson, Kevin Costner, Maria Bello e Tommy Lee Jones. O filme conta a história de três homens que, quando menos esperam, são confrontados com a crise económica em que todos nos encontramos e, radicalmente, vêm-se obrigados a mudar as suas vidas. Um filme a não perder. (informações de sessões em: http://cinema.sapo.pt/filme/the-company-men/detalhes#sinopse);
  • Dança - A trágica história de amor de Romeu e Julieta marca o seu regresso através da Companhia Nacional de Bailado, no palco do Teatro Camões de 17 de Março a 3 de Abril (para informações adicionais contactar: 218923470 ou www.cnb.pt);
  • Se és estudante então não podes perder o Festival do Estudante este fim-de-semana (18 e 19 de Março). Este evento, realizado pela Associação Académica de Lisboa, com o apoio da Mega Hits, apresenta-te diversos artistas, como: Diego Miranda, Quim Barreiros, Richie Campell, Deolinda, Tunas Académicas, entre muitos outros. Podes arranjar bilhetes nos locais habituais (Fnac, Worten, El Corte Inglés, FIL [nos dias do evento]), ou contactar 1820 ou eventos@aal.pt para mais informações;
  • E claro, esta semana falta apenas uma coisa. A noite. Sábado não podes perder o Reebok Sweet Playground, no Loft, onde poderás assistir a grandes battles com grandes nomes do Hip-Hop português.

Na próxima quinta há muito mais. Até lá, uma óptima semana cheia de cultura e lazer!



CULTURA E LAZER

O fim-de-semana está à porta e não sabes o que fazer? Aqui, na rubrica Cultura e Lazer, poderás encontrar  informações de tudo o que precisas para teres uma grande semana, desde cinema, música, dança e teatro a feiras, exposições, restaurantes e monumentos de norte a sul do país.

Todas as quintas-feiras não percas o post de Cultura e Lazer, com todas as informações necessárias para o teu divertimento!



quarta-feira, 16 de março de 2011

Jornalistas do NYTimes desaparecidos na Líbia

Terça-feira foi o último dia que a redacção do New York Times ouviu falar dos quatro jornalistas desaparecidos na Líbia. Segundo o jornal ionline, "de acordo com o comunicado do jornal norte-americano, a direcção terá recebido informações que asseguram que a equipa de repórteres estava na cidade de Ajdabiya quando foi capturada por forças do regime de Khadafi", não conseguindo, contudo, confirmar as informações.

Ser jornalista é uma profissão de risco. Mas é uma paixão pela qual vale a pena lutar. Apenas podemos esperar que os quatro estejam bem, e que depressa sejam libertados.




Tyler Hicks, Lynsey Addario, Stephen Farrel e Anthony Shadid


domingo, 13 de março de 2011

E parece não querer parar

Passaram apenas dois dias desde que o sismo, o tsunami e a crise nuclear devastaram e continuam a devastar o Japão. Pois bem, parece que as tragédias não acabam por aquele país. O vulcão japonês de Kyushu entrou em erupção, depois de 52 anos de inactividade, levando 600 pessoas a passar a noite em escolas.

Até agora a erupção não causou quaisquer feridos. Mas a pergunta permanece. Que mais poderá acontecer a este povo? Tudo parece estar a acontecer ao mesmo tempo. É mesmo verdade: um mal nunca vem só. É nestas alturas que aprendemos a apreciar cada vez mais a nossa vida. E é nesta altura, acima de tudo, que todos devemos dar o nosso maior apoio a este país.

Bem merece.

Vulcão Kyushu

Japão - uma tragédia sem fim

Todos assistimos ao terror que se passa no Japão. É terrível abrir o jornal cada dia que passa e perceber que os desastres continuam a acontecer, minuto a minuto. A explosão na central nuclear Fukushima foi considerada por muitos como idêntica, senão pior, à de Chernobil (1986) apesar do Primeiro-Ministro japonês, Naoto Kan, assegurar que o acidente nuclear não é comparável à situação de 1986, na ex-URSS. Kan afirmou à agência noticiosa Jiji que "houve radiação libertada para o ar, mas não há indicações de que tenha sido em grande quantidade.", sendo pois "fundamentalmente diferente do acidente de Chernobil."

O Japão luta todos os dias para sobreviver. Vive, neste momento, uma crise nuclear sem precedentes, agravada pelo sismo de sexta-feira e encontra-se em risco de uma segunda explosão na central de Fukushima-Daichi.

Não são momentos fáceis para o país. Esperemos que as coisas mudem, de preferência, o mais rápido possível.


sexta-feira, 11 de março de 2011

Veneno

“ [e] s.m. qualquer substância que, tomada ou aplicada (em certas doses) a um corpo vivo, lhe destrói ou altera as funções vitais; vírus; peçonha; [reg.] embriaguez; [fig.] tudo o que corrompe moralmente; malignidade; pessoa má, intratável, maledicente; espécie de carbúnculo; [fig.] deitar em, atribuir uma intenção malévola a, julgar com malícia (Do lat. venenu-, «id.») ” – Dicionário da Língua Portuguesa.


Sempre ouvi dizer que o que não mata engorda. Ora, isto nada tem a ver com o que vou aqui escrever. Apenas não sabia como começar e achei que, como ia falar em veneno, integrar a palavra “mata” sorrateiramente não teria qualquer problema. Atenção: “mata” no sentido de morrer. Não de bosque ou arvoredo. Mata, de matar. Mórbido, eu sei. Mas se é de veneno que vou falar então talvez tenha de seguir essa direcção. Ou talvez não. Veremos o que me vai na alma.

Verdade seja dita. Veneno é algo do qual nos queremos manter o mais longe possível. A não ser que a intenção primordial seja mal-intencionada. Ou mesmo o suicídio. Mas isso são outros caminhos.

Veneno é venéfico. Para quem não sabe – maléfico (reparem bem nas voltas em que isto já anda, até as palavras rimam). Não há mais nada a dizer. Faz mal e é para manter longe da vista. E do coração. Por favor, longe do coração mesmo. Se não garanto-vos: é morte imediata. Dizem que não há certezas absolutas, mas que as há… E esta é uma delas.

Mas, como se pode perceber, esta palavra singular tem muitos mais sentidos. É possível entender essa pluralidade de significados. Afinal é raro uma palavra na língua portuguesa designar apenas uma coisa. Agora sei que, em vez de chamar bêbado a alguém fica mais elegante dizer que essa pessoa, pobre coitada, está envenenada. O português é de facto uma língua irreal.

Mas deixemo-nos de politiquices e avancemos. Outra consideração que sempre me disseram foi que a inveja é um sentimento muito indecoroso. “Veneno para a nossa alma”. Talvez. Por vezes, muito necessária para nos fazer abrir os olhos para a realidade, para nos fazer perceber que aquilo que idolatramos no outro pode não ser o necessário para a nossa vida. Que essa inveja, essa cobiça ou esse ciúme não valem a pena o esforço. Simplesmente, não são suficientemente importantes para envenenar a nossa vida. O que importa, sim, é observar. Observar bem, e tentar não cometer os mesmos erros. Para, a todo o custo, desenvenenar tudo o que é maligno. Interessante pensar que a palavra inveja deriva do latim invidia – o desejo de não ver – e hoje tem um significado de emulação - “um sentimento que nos excita para igualarmos ou excedermos outrem”. Essa vontade de não ver desvaneceu, pois parece que hoje tudo o que interessa é sermos como o outro ou mesmo melhor. Não sei o que aconteceu à vontade de ser único e singular. Eu bem que prefiro. Até porque assim é mais fácil afastar aquelas pessoas que nos querem mal e que nos julgam a toda a hora. Desafortunadas e veneníferas que querem tudo e todos, o que, meus caros, não é possível. Claro, depois dá mau resultado. Esperemos que não sigam aqueles caminhos mais sombrios e que não tomem a peçonha! 

Então, o que se pode dizer? Somos uma sociedade de venenosos: corrupta e invejosa. Somos muitas vezes intolerantes ou demasiado orgulhosos para deixar a arrogância de lado. Todos os dias tomamos um pouco deste veneno que, infelizmente, embrenhou-se na nossa vida. Dispensava fazê-lo mas às vezes torna-se impossível, porque, mesmo inconscientemente, todos desejamos e temos vontades.

É fantástico pensar que um dia esta palavra significou poção mágica do amor, da sedução e do encanto. Quem diria? Se for esse tipo de veneno, então eu aceito. Bem preciso. Definitivamente.



Vamos dançar? Não me parece...

18 de Fevereiro de 2011. Um dia normal. Uma ida rotineira às aulas, um almoço entre amigas e um fim de tarde perfeito. A habitual ida à escola de dança. Ensaios, ensaios, ensaios. Contudo, esse dia, igual a todos os outros, é composto por mais uma surpresa – a ida à Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo (CPBC). Desde que tinha começado a minha formação enquanto bailarina, nunca tinha visto um bailado e achava que esta era a oportunidade para o fazer. As expectativas eram altas. E não podia ter ficado mais surpreendida com o que vi.

Na plateia sentia-se o esforço dos bailarinos em transmitir os ideais do coreógrafo. Posso garantir que se sentia. A originalidade era imensa e o final era algo pelo qual não ansiava, pois sabia que tinha que acordar para a realidade.

E foi então que me apercebi. Lembro-me de, antes de ir ver o bailado, ler notícias sobre o aumento de cinco milhões de euros anuais no Orçamento do Ministério da Cultura. Dei por mim a pensar, “mas onde andam esses euros?” A verdade, e não o posso negar, é que o espectáculo a que assisti do CPBC estava, de facto, muito bem conseguido. Mas isso, posso dizer, é a excepção. O que acontece no nosso país é que os apoios dados à dança são escassos. É raro ouvir falar em companhias de dança em Portugal, até porque não há muitas. Então, a minha conclusão lógica foi, se a dança não é tão reconhecida no nosso país, como é o teatro ou a música, vamos aproveitar estes cinco milhões de euros para apostar no seu desenvolvimento.

Claro, tal não aconteceu. A meu ver, Gabriela Canavilhas, a nossa querida Ministra da Cultura, decidiu ser mais importante apostar no teatro e na exportação da música portuguesa...outra vez.

A verdade é que sempre soube que Portugal era um país cuja cultura parece não interessar aos seus cidadãos. Talvez seja altura de mudar. Já que nos encontramos num momento tão difícil economicamente, podíamos ao menos apreciar um pouco de arte. O meu bilhete foi apenas dez euros - e garanto-vos, não foi gasto em vão. O mesmo não posso dizer acerca dos cinco milhões de euros para Orçamento do Ministério da Cultura.

Início

Nunca tive a ideia de começar um blog. Achava sempre que partilhar os meus pensamentos no mundo da internet era algo demasiado pessoal. Afinal qual era o objectivo?

Hoje posso dizer que a minha opinião mudou. Quando comecei a estudar jornalismo achei que apenas no fim do curso me teria de preocupar em mostrar o meu trabalho até então realizado. Enganei-me. Percebi que é logo no início que se tem de começar. Mesmo quando não se tem qualquer experiência. Só com prática é que chegamos a algum lado. Afinal é com os erros que se aprende. Pois aqui estou. Sei que vou cometer muitos [erros] ao longo do meu percurso mas é isso que me vai tornar mais forte e, quiçá, uma melhor jornalista.

Decidi então chamar Contrariedades ao meu blog porque todos os dias nos deparamos com aborrecimentos e contradições - algo que temos de enfrentar de frente. Aqui, vão poder encontrar aquilo que me arrelia, que me inspira, que me aterroriza.


contradição

Assim começa a minha viagem. Vamos lá ver onde isto vai dar. Se Deus quiser, a um emprego depois de acabado o curso.